Definição, Equações e Posições Relativas
Desde Stonehenge aos escudos, o círculo sempre representou unidade e defesa. Euclides e Apolônio desvendaram suas propriedades matemáticas.
A geometria analítica deu-lhe poder algébrico, permitindo cálculos precisos de perímetros, áreas de influência e interações.
Na wasteland, é a forma da zona segura, do alcance do sinal, da área de explosão. Dominá-la é essencial para o planejamento estratégico.
DICA HISTÓRICA: Apolônio de Perga, "O Grande Geômetra", deixou um legado crucial sobre cônicas.
Descrição matemática dos pontos \(P(x, y)\) à distância \(R\) (raio) de um centro \(C(a, b)\).
\((x - a)^2 + (y - b)^2 = R^2\)
\(C(a, b)\): Centro.
\(R\): Raio (\(R > 0\)).
"X menos 'a', Y menos 'b', ao quadrado somados, igual a R ao quadrado, segredos revelados."
Ajuste o centro (a,b) e o raio R. Observe a equação e a forma resultante.
Equação Resultante: (x - 0)² + (y - 0)² = 3².
Desenvolvendo a equação reduzida \((x-a)^2+(y-b)^2=R^2\), chegamos à forma geral:
\(x^2 + y^2 + Dx + Ey + F = 0\)
Onde os coeficientes D, E, F estão relacionados com o centro (a,b) e o raio R:
\(D = -2a\), \(E = -2b\), \(F = a^2 + b^2 - R^2\).
Esta forma pode aparecer em sinais interceptados ou dados corrompidos.
Uma equação da forma \(x^2 + y^2 + Dx + Ey + F = 0\) SÓ representa uma circunferência se a seguinte condição for satisfeita:
\( D^2 + E^2 - 4F > 0 \)
Por quê? Porque o termo à esquerda está relacionado ao quadrado do raio (<(>R^2 = \frac{D^2+E^2-4F}{4}\)). E o raio deve ser real e positivo.
Se \( D^2 + E^2 - 4F > 0 \), podemos encontrar o centro e o raio a partir de D, E, F:
\(a = -\frac{D}{2}\) \(b = -\frac{E}{2}\)
\(R = \sqrt{a^2 + b^2 - F} = \frac{\sqrt{D^2+E^2-4F}}{2}\)
(Estes resultados vêm da técnica de completar quadrados na equação geral).
Interceptamos a descrição de uma zona de perigo:
\(x^2 + y^2 - 6x + 8y + 9 = 0\)
Determinar o centro \(C\) e o raio \(R\) desta zona.
Precisamos saber o alcance exato do perigo.
Equação: \(x^2 + y^2 - 6x + 8y + 9 = 0\)
Forma Geral: \(x^2 + y^2 + Dx + Ey + F = 0\)
Comparando termo a termo:
\(D = -6\)
\(E = 8\)
\(F = 9\)
Usando \(D=-6\), \(E=8\), \(F=9\):
\( D^2 + E^2 - 4F = (-6)^2 + (8)^2 - 4(9) \)
\( = 36 + 64 - 36 \)
\( = 64 \)
Como \(64 > 0\), a equação representa uma circunferência válida.
Usando as fórmulas de conversão:
\(a = -D/2 = -(-6)/2 = 6/2 = 3\)
\(b = -E/2 = -(8)/2 = -8/2 = -4\)
Portanto, o centro da zona de perigo é:
\( C = (3, -4) \)
Usando a fórmula de conversão:
\(R = \frac{\sqrt{D^2+E^2-4F}}{2}\)
Já calculamos \(D^2+E^2-4F = 64\).
\(R = \frac{\sqrt{64}}{2} = \frac{8}{2} = 4\)
Portanto, o raio da zona de perigo é:
\( R = 4 \)
Ambas as formas são ferramentas essenciais no arsenal do sobrevivente geométrico.
Como saber se um ponto \(P(x_p, y_p)\) está dentro, fora ou na fronteira de uma zona segura \(\lambda(C(a, b), R)\)?
A resposta está na comparação da distância do ponto ao centro com o raio.
"Distância ao quadrado calculada, com Raio ao quadrado comparada. Menor, igual ou maior dirá, se seguro o ponto está."
Defina a zona segura (C, R) e gere pontos aleatórios para ver onde caem.
Verde (Interno), Amarelo (Na Fronteira), Vermelho (Externo).
Para evitar raízes quadradas, comparamos as distâncias ao quadrado.
Dada \(\lambda: (x - a)^2 + (y - b)^2 = R^2\) e \(P(x_p, y_p)\):
Simples, rápido e eficaz para análise de campo.
Sua zona segura: Centro \(C(2, 1)\), Raio \(R=5\).
Sinal detectado em: \(P(6, 4)\).
Classificar a posição do ponto \(P\) (interno, pertencente ou externo).
É um aliado dentro dos muros ou uma ameaça na fronteira?
Centro \(C = (a, b) = (2, 1)\)
Raio \(R = 5 \implies R^2 = 5^2 = 25\)
Ponto \(P = (x_p, y_p) = (6, 4)\)
Objetivo: Comparar \(d(P,C)^2\) com \(R^2\).
Fórmula da distância ao quadrado:
\(d^2 = (x_p - a)^2 + (y_p - b)^2\)
Substituindo os valores:
\(d^2 = (6 - 2)^2 + (4 - 1)^2\)
\(d^2 = (4)^2 + (3)^2\)
\(d^2 = 16 + 9\)
\(d^2 = 25\)
Calculamos \(d^2 = 25\).
Temos \(R^2 = 25\).
Comparando: \(d^2 = R^2\)
Conclusão: Como \(d^2\) é igual a \(R^2\), o ponto P é Pertencente (está na fronteira).
Resultado: O sinal vem da borda da zona segura!
Permite avaliar rapidamente a localização de qualquer ponto em relação a uma zona circular.
Se tivermos três pontos \(A, B, C\) que não formam uma linha reta (não colineares), existe exatamente uma circunferência que passa por todos eles.
O centro desta circunferência única é o Circuncentro do triângulo ABC (ponto equidistante de A, B e C).
"Três pontos no mapa, não em linha reta? Um círculo os abraça, missão completa!"
O centro C deve estar à mesma distância de A e B. Logo, C pertence à mediatriz do segmento AB.
[Mediatriz: reta perpendicular a AB passando pelo ponto médio de AB]
O centro C também deve estar à mesma distância de B e C. Logo, C pertence à mediatriz de BC.
O ponto onde essas duas mediatrizes se cruzam é o único ponto equidistante de A, B e C: o Circuncentro!
[Diagrama: Triângulo ABC, mediatrizes de AB e BC se cruzando em C, circunferência passando por A,B,C]
Primeiro passo: garantir que existe um círculo e encontrar a equação da primeira mediatriz.
Com as duas mediatrizes, achamos o centro; com o centro e um ponto, achamos o raio.
Sensores posicionados em \(P(1,1)\), \(Q(5,3)\), e \(R(2,6)\).
Determinar a equação da circunferência que passa por P, Q e R.
Definir a redoma ideal com base nos marcos.
Inclinação PQ: \( m_{PQ} = \frac{y_Q - y_P}{x_Q - x_P} = \frac{3-1}{5-1} = \frac{2}{4} = \frac{1}{2} \)
Inclinação QR: \( m_{QR} = \frac{y_R - y_Q}{x_R - x_Q} = \frac{6-3}{2-5} = \frac{3}{-3} = -1 \)
Como \(m_{PQ} \ne m_{QR}\), os pontos não são colineares. Uma circunferência pode ser definida.
Ponto Médio \(M_{PQ} = (\frac{1+5}{2}, \frac{1+3}{2}) = (3, 2)\)
Inclinação de PQ: \(m_{PQ} = 1/2\)
Inclinação Perpendicular: \(m_{\perp PQ} = -1 / (1/2) = -2\)
Equação (ponto-inclinação): \( y - y_{M} = m_{\perp}(x - x_{M}) \)
\( y - 2 = -2(x - 3) \implies y - 2 = -2x + 6 \)
Eq. Mediatriz PQ: \( 2x + y - 8 = 0 \) (Eq. 1)
Ponto Médio \(M_{QR} = (\frac{5+2}{2}, \frac{3+6}{2}) = (3.5, 4.5)\)
Inclinação de QR: \(m_{QR} = -1\)
Inclinação Perpendicular: \(m_{\perp QR} = -1 / (-1) = 1\)
Equação (ponto-inclinação): \( y - y_{M} = m_{\perp}(x - x_{M}) \)
\( y - 4.5 = 1(x - 3.5) \implies y - 4.5 = x - 3.5 \)
Eq. Mediatriz QR: \( x - y + 1 = 0 \) (Eq. 2)
Resolver o sistema formado pelas equações das mediatrizes:
\( \begin{cases} 2x + y = 8 & \text{(Eq. 1)} \\ x - y = -1 & \text{(Eq. 2)} \end{cases} \)
Método da Adição (somar as duas equações):
\((2x + y) + (x - y) = 8 + (-1)\)
\(3x = 7 \implies x = 7/3\)
Substituir x na Eq. 2:
\( (7/3) - y = -1 \implies y = 7/3 + 1 = 7/3 + 3/3 = 10/3 \)
O centro (Circuncentro) é:
\( C = (7/3, 10/3) \)
O raio é a distância do centro \(C(7/3, 10/3)\) a qualquer um dos pontos (P, Q ou R). Vamos usar P(1,1).
Calculamos o raio ao quadrado \(R^2 = d(C, P)^2\):
\( R^2 = (x_P - x_C)^2 + (y_P - y_C)^2 \)
\( R^2 = (1 - 7/3)^2 + (1 - 10/3)^2 \)
\( R^2 = (3/3 - 7/3)^2 + (3/3 - 10/3)^2 \)
\( R^2 = (-4/3)^2 + (-7/3)^2 = \frac{16}{9} + \frac{49}{9} = \frac{65}{9} \)
O raio ao quadrado é \(R^2 = 65/9\). O raio é \(R = \sqrt{65}/3\).
Temos o Centro \(C(7/3, 10/3)\) e o Raio ao Quadrado \(R^2 = 65/9\).
Substituímos na equação reduzida \((x-a)^2 + (y-b)^2 = R^2\):
\( (x - 7/3)^2 + (y - 10/3)^2 = 65/9 \)
Esta é a equação da circunferência que passa pelos três sensores.
Uma técnica poderosa para definir perímetros a partir de marcos.
Estudar como retas e outras circunferências interagem com uma circunferência base.
Externa (sem toque), Tangente (1 ponto), Secante (2 pontos).
Externas, Tangentes (Ext/Int), Secantes, Internas, Concêntricas.
"Distância 'd' versus Raio(s) 'R'. A comparação revela os laços (ou a falta deles)."
[Diagrama: Circulo com reta externa, tangente, secante. Indicar d>R, d=R, d [Diagrama: 2 Círculos em várias posições. Indicar d>R1+R2, d=R1+R2, |R1-R2| (Nota: Adicionar diagramas aqui seria ideal)
Circunferência vs. Circunferência:
Dada a reta \(r\) e a circunferência \(\lambda\) de centro \(C\) e raio \(R\).
Calcule a distância \(d = d(C, r)\) do centro C à reta r.
Lembrete Distância: \( d(C(x_c,y_c), r:Ax+By+K=0) = \frac{|Ax_c + By_c + K|}{\sqrt{A^2+B^2}} \)
Dadas \(\lambda_1(C_1, R_1)\) e \(\lambda_2(C_2, R_2)\).
Calcule a distância \(d = d(C_1, C_2)\) entre os centros.
Base \(C(2, -1)\), \(R=5\). Rota \(r: 3x - 4y + k = 0\).
Missão 1: Achar \(k\) para a rota ser tangente à base.
Base 1 \(\lambda_1: C_1(0,0), R_1=3\).
Base 2 \(\lambda_2: C_2(5,0), R_2=1\).
Missão 2: Classificar a posição relativa entre as bases.
Planejamento tático requer análise precisa das interações.
Cenário 1: Base \(C(2, -1)\), \(R=5\). Rota \(r: 3x - 4y + k = 0\).
Para que a reta \(r\) seja tangente à circunferência, a distância do centro \(C\) à reta \(r\) deve ser igual ao raio \(R\).
\(d(C, r) = R = 5\)
Usando \(C(x_c=2, y_c=-1)\) e \(3x - 4y + k = 0\) (A=3, B=-4, C=k):
\( d(C, r) = \frac{|A x_c + B y_c + C|}{\sqrt{A^2+B^2}} = \frac{|3(2) + (-4)(-1) + k|}{\sqrt{3^2+(-4)^2}} \)
\( d(C, r) = \frac{|6 + 4 + k|}{\sqrt{25}} = \frac{|10 + k|}{5} \)
Igualando a distância ao raio: \( \frac{|10 + k|}{5} = 5 \)
\( |10 + k| = 25 \)
Duas possibilidades:
1) \(10 + k = 25 \implies \mathbf{k = 15}\)
2) \(10 + k = -25 \implies \mathbf{k = -35}\)
Resultado: Rotas tangentes: \(3x-4y+15=0\) e \(3x-4y-35=0\).
Cenário 2:
Base 1: \(\lambda_1\) com \(C_1(0,0)\) e \(R_1=3\).
Base 2: \(\lambda_2\) com \(C_2(5,0)\) e \(R_2=1\).
\(d = d(C_1, C_2) = \sqrt{(5-0)^2 + (0-0)^2} = \sqrt{25} = 5\)
\(R_1 + R_2 = 3 + 1 = 4\)
\(|R_1 - R_2| = |3 - 1| = 2\)
Temos: \(d = 5\), \(R_1 + R_2 = 4\), \(|R_1 - R_2| = 2\).
Observamos que \(d = 5\) é maior que \(R_1 + R_2 = 4\).
\(d > R_1 + R_2\)
A condição \(d > R_1 + R_2\) significa que as circunferências são Externas.
Resultado: As bases não se tocam.
Permite prever colisões, planejar rotas seguras e analisar fronteiras.
Localização por distância \(r\) da origem (polo) e ângulo \(\theta\) com o eixo polar (eixo x positivo).
[Diagrama: Ponto P com raio r e ângulo theta da origem]
Descrevem \(x\) e \(y\) como funções de um parâmetro \(t\) (tempo, ângulo). Define um caminho ou trajetória.
"Raio e ângulo te guiam no polar; Tempo (ou ângulo) te move no paramétrico lugar."
Ajuste a distância (\(r\)) e o ângulo (\(\theta\)) para posicionar um ponto no sistema polar.
Veja como \(r\) e \(\theta\) definem a posição (ângulo anti-horário). Coordenadas cartesianas são calculadas.
Veja como diferentes equações polares \(r=f(\theta)\) geram formas. Ajuste parâmetros.
Selecione uma forma e ajuste os parâmetros 'a' e 'k' (quando aplicável).
\( x = r \cos \theta \) \( y = r \sin \theta \)
\( r = \sqrt{x^2 + y^2} \) \( \tan \theta = y/x \) (cuidado ao quadrante!)
\( x(t) = a + R \cos t \)
\( y(t) = b + R \sin t \), para \( 0 \le t < 2\pi \)
\( r = R \)
(Distância constante à origem)
Centro \((R, 0)\) no eixo polar: \( r = 2R \cos \theta \).
\( r = a \theta \)
(Distância cresce com o ângulo).
O ponto cartesiano \(P(3, -3)\) foi detectado. Suas coordenadas polares \((r, \theta)\)?
Descreva parametricamente a rota \(C(1, 2)\), \(R=4\).
Um sinal segue \(r = 5\). Que forma ele descreve?
Diferentes sistemas para diferentes tarefas: radares (polar), trajetórias (paramétrica).
Ponto \(P(x=3, y=-3)\).
\( r = \sqrt{x^2 + y^2} = \sqrt{3^2 + (-3)^2} = \sqrt{9 + 9} = \sqrt{18} \)
\( r = 3\sqrt{2} \approx 4.24 \)
\(\tan \theta = y/x = -3 / 3 = -1\)
Ponto (3, -3) está no 4º Quadrante.
Ângulo: \( \theta = 315^\circ \) ou \( 7\pi/4 \) rad.
Resultado: \( (3\sqrt{2}, 315^\circ) \) ou \( (3\sqrt{2}, 7\pi/4) \).
Patrulha circular: Centro \(C(a=1, b=2)\), Raio \(R=4\).
Equações paramétricas:
\( x(t) = a + R \cos t \)
\( y(t) = b + R \sin t \)
Substituindo:
\( x(t) = 1 + 4 \cos t \)
\( y(t) = 2 + 4 \sin t \), \(0 \le t < 2\pi\)
Equação polar: \(r = 5\).
\(r\) é a distância à origem.
A equação diz que a distância à origem é constante e igual a 5.
Definição de circunferência centrada na origem \((0,0)\) com raio \(R=5\).
Equivalente cartesiana: \(x^2 + y^2 = 5^2 = 25\).
Ampliar seu sistema de coordenadas expande sua capacidade de análise.
Modelos cosmológicos (Ptolomeu, Copérnico) usavam extensivamente círculos e combinações (epiciclos, deferentes) para descrever o movimento dos planetas.
Navegadores usavam coordenadas polares (distância e azimute/ângulo) para mapear rotas a partir de um ponto conhecido.
Radar/Sonar: Operam naturalmente em coordenadas polares (distância e ângulo do eco).
Robótica: Braços robóticos frequentemente usam ângulos (polares/cilíndricos) e parametrização para definir movimentos.
GPS/Engenharia/Jogos: Como visto antes, a circunferência é fundamental.
Processamento de Imagem: Transformações polares são usadas para analisar características radiais.