SIGILOSO
DATA: 14 DE MARÇO DE 1966
LOCALIZAÇÃO: CENTRO GEMINI
RELATÓRIO DE PROGRESSO: PROJETO INTEGRAL-DUPLA

Em meio às estratégias de voo e manobras orbitais do Programa Gemini, nossas equipes deparam-se com a necessidade de refinar o entendimento das propriedades fundamentais de integrais de funções em duas variáveis. Este documento compila exercícios essenciais para consolidar tais conceitos.
Este material contém informações vitais ao desenvolvimento de tecnologias orbitais. Qualquer divulgação não autorizada acarretará sanções imediatas.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: INTEGRAIS DUPLAS

DEFINIÇÃO FORMAL:

\[\iint_{D} f(x,y)\, dA\]

Uma integral dupla é definida como o limite de somas de Riemann de \(f(x,y)\) sobre pequenas subdivisões de uma região \(D\subset \mathbb{R}^2\). Em sua forma básica, sem o Teorema de Fubini, consideramos apenas suas propriedades gerais (linearidade, aditividade e positividade) sem efetuar cálculos explícitos de áreas ou volumes.

As integrais duplas fornecem subsídios para o controle de distribuições de massa em projetos de foguetes e para o estudo de fluxos de propelente, cruciais na fase de injeção orbital. Durante o Programa Gemini, engenheiros e matemáticos ajustaram tanques e módulos de serviço embasados em tais conceitos.
NOTA HISTÓRICA: Em 1965, a NASA lançou o veículo tripulado do Programa Gemini, viabilizando encontros e acoplamentos em órbita — elementos críticos para futuras missões lunares. A compreensão das integrais múltiplas desempenhou um papel fundamental na análise de cargas e trajetórias desses voos.
  1. EXERCÍCIO VECTOR-1A
    ORIGEM: Dados de Laboratório - Projeto de Cargas (MAR/1966)

    Considere duas funções \(f(x,y)\) e \(g(x,y)\) definidas numa região D. Verifique se a seguinte propriedade de aditividade é válida:

    \[\iint_D \bigl(f(x,y) + g(x,y)\bigr)\, dA \stackrel{?}{=} \iint_D f(x,y)\, dA \;+\; \iint_D g(x,y)\, dA.\]

    Julgue a legitimidade dessa operação sem recorrer ao cálculo efetivo das integrais.

    ARQUIVO AUXILIAR [SIGMA-1]
    [NOTA TÉCNICA]: Considere as definições iniciais de somas de Riemann e como elas se somam ao juntar termos.
    RELATÓRIO DE CÁLCULO [SIGMA-1 REQUERIDO]

    A integral dupla possui a propriedade de linearidade em relação à soma de funções. Dessa forma, é válido escrever \(\iint_D (f+g) = \iint_D f + \iint_D g\), pois, na definição de soma de Riemann, os valores de \(f\) e \(g\) se adicionam parcela a parcela.

  2. EXERCÍCIO VECTOR-1B
    ORIGEM: Simulação Computacional - Centro de Controle Gemini (MAR/1966)

    Para uma constante real \(c\) e uma função h(x,y) definida na região de estudo, avalie se:

    \[\iint_D \bigl(c\,h(x,y)\bigr)\, dA \stackrel{?}{=} c \;\iint_D h(x,y)\, dA.\]

    Explique por que (ou se) o fator constante pode ser destacado da integral.

    ARQUIVO AUXILIAR [SIGMA-1]
    [NOTA TÉCNICA]: Considere a soma de Riemann e o efeito de um fator constante em cada parcela.
    RELATÓRIO DE CÁLCULO [SIGMA-1 REQUERIDO]

    Assim como ocorre em integrais simples, a presença de uma constante multiplicativa em \(h(x,y)\) faz com que cada termo na soma de Riemann seja multiplicado por \(c\). Logo, o resultado final é \(c\) vezes a soma original. Portanto, a propriedade é válida.

  3. EXERCÍCIO VECTOR-1C
    ORIGEM: Revisão Teórica Interna (SEÇÃO DE ANÁLISE) - MAR/1966

    Uma função \(\phi(x,y)\) assume valor zero em toda a região D. Verificar se a seguinte proposição faz sentido sem qualquer integração explícita:

    \[\iint_D \phi(x,y)\, dA = 0.\]

    Discuta brevemente por que a integral de uma função nula deve ser nula.

    ARQUIVO AUXILIAR [SIGMA-1]
    [NOTA TÉCNICA]: Lembre-se de que cada parcela na soma de Riemann seria zero.
    RELATÓRIO DE CÁLCULO [SIGMA-1 REQUERIDO]

    Se \(\phi(x,y) = 0\) para todo ponto de \(D\), cada valor tomado nas subdivisões também é zero, tornando a soma de Riemann nula. Portanto, a integral resultante também é zero.

  4. EXERCÍCIO VECTOR-2A
    ORIGEM: Equipe de Propulsão - Levantamento de Parâmetros (ABR/1966)

    Se \(f(x,y)\ge 0\) para todos os \((x,y)\) em D, discuta a validade da sentença:

    \[\iint_D f(x,y)\, dA \;\ge\; 0.\]

    Justifique sem computar a integral, apenas analisando a natureza dos valores de \(f\).

    ARQUIVO AUXILIAR [SIGMA-2]
    [NOTA TÉCNICA]: Propriedades de funções não negativas podem indicar algo sobre a soma total.
    RELATÓRIO DE CÁLCULO [SIGMA-2 REQUERIDO]

    Cada termo na soma de Riemann que define a integral é não-negativo, pois \(f(x,y) \ge 0\). Somar valores não negativos só pode resultar em um valor final não-negativo. Assim, a integral não pode ser negativa.

  5. EXERCÍCIO VECTOR-2B
    ORIGEM: Projeto de Tanque de Combustível - Seção Aeroespacial (ABR/1966)

    Suponha que a região D possa ser dividida em duas sub-regiões disjuntas \(D_1\) e \(D_2\). Avalie se:

    \[\iint_D f(x,y)\, dA \;=\; \iint_{D_1} f(x,y)\, dA + \iint_{D_2} f(x,y)\, dA.\]

    Nenhum método de integração deve ser usado; apenas discuta a consistência lógica da operação.

    ARQUIVO AUXILIAR [SIGMA-2]
    [NOTA TÉCNICA]: Propriedades de decomposição do domínio podem ser relevantes.
    RELATÓRIO DE CÁLCULO [SIGMA-2 REQUERIDO]

    Se \(D_1\) e \(D_2\) formam uma partição exata de \(D\), então as somas de Riemann em \(D\) podem ser vistas como combinações das somas em \(D_1\) e \(D_2\). Dessa forma, a integral sobre \(D\) é a soma das integrais sobre as partes.

  6. EXERCÍCIO VECTOR-2C
    ORIGEM: Equipe de Ensaios Estruturais (ABR/1966)

    Analise a afirmação: \[\iint_D 1\, dA = \text{(área de D)}.\] Explique se essa identidade faz ou não sentido no âmbito das propriedades gerais da integral dupla.

    ARQUIVO AUXILIAR [SIGMA-2]
    [NOTA TÉCNICA]: Propriedades de integrais constantes podem esclarecer a relação com a área.
    RELATÓRIO DE CÁLCULO [SIGMA-2 REQUERIDO]

    A integral de 1 sobre uma região \(D\) corresponde, na soma de Riemann, a somar "1" em cada subdivisão, multiplicado pela área de cada parcela. Ao somar tudo, obtém-se exatamente a área total de \(D\). Portanto, a afirmação é válida.

  7. EXERCÍCIO VECTOR-3A
    ORIGEM: Simulação de Pressão - Módulo Lateral (MAI/1966)

    Suponha \(f(x,y) \ge g(x,y)\) em todo ponto de D. Discuta a validade de

    \[\iint_D f(x,y)\, dA \;\ge\; \iint_D g(x,y)\, dA,\]

    levando em conta apenas a comparação pontual entre as funções e a definição básica da integral dupla.

    ARQUIVO AUXILIAR [SIGMA-3]
    [NOTA TÉCNICA]: Há invariantes quando consideramos partes que se sobrepõem ponto a ponto.
    RELATÓRIO DE CÁLCULO [SIGMA-3 REQUERIDO]

    Se \(f(x,y)\) é sempre maior ou igual que \(g(x,y)\), então as somas de Riemann geradas por \(f\) serão, parcela a parcela, maiores ou iguais que as geradas por \(g\). Portanto, a integral de \(f\) será maior ou igual que a de \(g\).

  8. EXERCÍCIO VECTOR-3B
    ORIGEM: Análise de Restrições Térmicas (MAI/1966)

    Considere \(|f(x,y)| \le M\) para todo \((x,y)\) em D, onde \(M\) é uma constante positiva. Explique como tal limitação pode influenciar a integrabilidade de \(f\) e a possível finitude do valor de \(\iint_D f(x,y)\, dA\).

    ARQUIVO AUXILIAR [SIGMA-3]
    [NOTA TÉCNICA]: A existência de um limite superior costuma indicar algo sobre somas de Riemann.
    RELATÓRIO DE CÁLCULO [SIGMA-3 REQUERIDO]

    Se \(|f|\) é limitado por \(M\), cada parcela na soma de Riemann é controlada pelo produto de \(M\) com a área da subdivisão. Dessa forma, a integral não se "explode" e tende a ser finita, pois \(|f|\) não cresce indefinidamente.

  9. EXERCÍCIO VECTOR-3C
    ORIGEM: Seção de Modelagem Numérica - Dados Experenciais (JUN/1966)

    Se duas funções \(f\) e \(g\) diferem apenas em um conjunto de pontos de medida nula (ou seja, em um conjunto "muito pequeno" dentro de D), discuta a validade de

    \[\iint_D f(x,y)\, dA = \iint_D g(x,y)\, dA.\]

    Aborde a noção de que valores em um conjunto de "massa zero" não afetam o resultado total.

    ARQUIVO AUXILIAR [SIGMA-3]
    [NOTA TÉCNICA]: Existem pequenas parcelas que não alteram a soma total.
    RELATÓRIO DE CÁLCULO [SIGMA-3 REQUERIDO]

    A definição de integral dupla admite que diferenças em conjuntos de medida zero não alteram o valor final. As somas de Riemann em tais pontos são desprezíveis, garantindo que a integral de \(f\) seja igual à de \(g\) sob essa condição.

  10. EXERCÍCIO VECTOR-4A
    ORIGEM: Departamento de Consistência Estrutural (JUL/1966)

    Se \(f(x,y)\ge 0\) em D e \(\iint_D f(x,y)\, dA = 0\), discuta a possibilidade de \(f\) ser não-nula em algum subconjunto de \(D\). Em outras palavras, pode \(f\) assumir valores positivos e ainda ter integral igual a zero?

    RELATÓRIO DE CÁLCULO [SIGMA-4 REQUERIDO]

    Uma função não-negativa cuja integral seja zero deve ser nula quase em todo ponto de \(D\). Se \(f\) assumisse valores positivos em um conjunto de medida não nula, a soma de Riemann resultaria em valor positivo. Assim, \(f\) precisa ser zero na maior parte de \(D\).

  11. EXERCÍCIO VECTOR-4B
    ORIGEM: Pesquisa sobre Regiões Poligonais (JUL/1966)

    Suponha que \(D_1 \subset D_2\) e \(f(x,y)\ge 0\) em todas as regiões consideradas. Avalie a afirmação:

    \[\iint_{D_1} f(x,y)\, dA \;\le\; \iint_{D_2} f(x,y)\, dA.\]

    Discorra por que o fato de \(D_1\) ser estritamente contida em \(D_2\) influi, mesmo sem calcular as integrais.

    RELATÓRIO DE CÁLCULO [SIGMA-4 REQUERIDO]

    Como \(D_1\) é parte de \(D_2\) e \(f\) é não-negativa, a soma de Riemann sobre \(D_1\) será um subconjunto (ou igual) da soma sobre \(D_2\). Logo, \(\iint_{D_1} f \le \iint_{D_2} f\). Se \(D_1 \neq D_2\), essa desigualdade é estrita se \(f\) assume valor positivo em algum ponto de \(D_2\setminus D_1\).

  12. EXERCÍCIO VECTOR-4C
    ORIGEM: Seção Avançada de Análises Orbitais (AGO/1966)

    Seja \(f(x,y) = c\), uma constante qualquer, definida sobre D. Justifique a relação:

    \[\iint_D c \, dA = c \cdot \bigl(\text{área de }D\bigr).\]

    Explique por que, mesmo sem integrar diretamente, esse resultado é consistente com a definição de integral dupla.

    RELATÓRIO DE CÁLCULO [SIGMA-4 REQUERIDO]

    Em cada subdivisão de área \(\Delta A\), o valor de \(f\) é \(c\). Somando-se todas as parcelas \(c \cdot \Delta A\) obtém-se \(c\) multiplicado pela soma de todas as áreas (a área total de \(D\)). Assim, o resultado é exatamente \(c \times \text{área}(D)\).

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